O Brasil já tem sua representante das Águas Abertas nas Olimpíadas de Tóquio. Ana Marcela de Jesus da Cunha, atleta da Unisanta-SP, foi a única convocada da modalidade, e é mais um destaque da série de reportagens CBC “Rumo à Tóquio”.
Ana Marcela, de 29 anos, teve a influência pelo esporte vinda de seus pais. Filha de pai nadador e mãe ginasta, começou a nadar com apenas 2 anos de idade, na creche que frequentava.
Esse dom pelo esporte que Ana Marcela herdou de sua família, foi incentivado pelos clubes por onde esteve. Com apenas 9 anos, em 2001, passou a treinar pelo Clube Olímpico de Natação, em Salvador, com passagem também pelo Sesi de São Paulo e seu atual clube Unisanta/SP (Instituto Superior de Educação Santa Cecília), entidade integrada ao CBC.
“É muito importante salientar a importância dos clubes para formação dos nossos atletas e treinadores. Ao chegar num momento como este de disputar uma olimpíada, numa condição de uma das favoritas, vale ressaltar a importância dos clubes formadores na carreira desta grande atleta”, destaca Sérgio Silva, Diretor de Águas Abertas da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).
Ao longo de sua carreira, Ana Marcela acumula grandes experiências e vitórias. Mais recentemente no Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos de 2019 em Gwangju, a atleta foi medalha de ouro nos 5 km e 25 km, conquistas que a tornaram a maior medalhista da história da competição. Nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019 fez história com a conquista da primeira medalha de ouro do Brasil, na prova de 10 km. A atleta é treinada hoje por Fernando Possenti.
Com seu currículo de peso, Ana Marcela, vinda de clubes formadores, soma o time de atletas brasileiros que vão lutar por medalhas nas Olimpíadas. “A nossa expectativa é a melhor possível. A nossa Seleção Olímpica passou por uma prova muito dura, que foi a seletiva única, e esses atletas saíram vencedores. Tivemos um recorde de convocados para uma edição de Jogos Olímpicos se não contarmos a Rio 2016, quando o Brasil foi o país sede”, comentou Luiz Fernando Coelho de Oliveira, presidente da CBDA.
O trabalho dos clubes formadores no desenvolvimento dos atletas brasileiros é de fundamental importância, e toda essa base fortalece a equipe nacional nos Jogos Olímpicos. “Todos estão trabalhando forte para fazer as provas de suas vidas em Tóquio. Nosso objetivo é povoar as finais e semifinais com uma natação de ótimo nível técnico, dando orgulho a quem nos assiste” disse o presidente Luiz Coelho.
“É importante ressaltar também e agradecer o apoio do CBC na formação dos nossos atletas, ao final do ciclo olímpico, torcemos para que a parceria Clubes, CBC e CBDA, continue, pois, o nosso desafio continua, na formação de novos talentos, visando os próximos ciclos olímpicos” completa Sérgio Silva.
A convocação das Águas Abertas nos Jogos Olímpicos de Tóquio será mais um indicador para a avaliação do orçamento do Comitê Brasileiro de Clubes (CBC) para o Plano de Trabalho das Confederações e Ligas Nacionais parceiras, no ano de 2022.