A Natação entrou na vida da paulistana Maria Emma Hulga Lenk Zigler, após um susto com uma doença que quase a levou a morte, uma pneumonia dupla. Na época, Maria Lenk tinha apenas 10 anos e seus pais acharam que a natação faria bem à saúde da filha. Com a ausência de piscinas, deu suas primeiras braçadas no rio Tietê, no ano de 1925. Maria Lenk se tornou nadadora profissional, e aos dezessete anos já era uma atleta de nível internacional. Foi a primeira mulher sul-americana a competir em Olimpíadas, nos Jogos de Los Angeles, em 1932. Se tornou a principal nadadora brasileira, tendo sido a única mulher do país a ser introduzida no Swimming Hall of Fame, em Fort Lauderdale, Flórida.
A superação e amor pelo esporte resume a vida da ex-atleta de Salto em Altura, Aída dos Santos. Nascida prematura, caçula entre seis irmãos, filha de um pedreiro alcoólatra e uma lavadeira. Vivia com a família no Morro do Arroz, favela de Niterói. As dificuldades não fizeram Aída parar, e ela levou o quarto lugar no Salto em Altura, em Tóquio 1964, até então o melhor resultado das mulheres brasileiras. Aída foi a única mulher a integrar a delegação nacional naquela edição do evento. Quatro anos mais tarde, na Cidade do México, Aída mostrou ser uma atleta completa e participou da prova de pentatlo.
Considerada uma das melhores jogadoras que o basquetebol produziu, Maria Paula Gonçalves da Silva, mais conhecida como Magic Paula (em referência ao jogador americano Magic Johnson), é a atleta mais nova da história a ter sido convocada para a seleção brasileira adulta: 14 anos, em 1976. Grande jogadora da história do basquetebol feminino nacional, disputou os Jogos Olímpicos de Barcelona 1992 e Atlanta 1996, além de três edições dos Jogos Pan-americanos e seis campeonatos mundiais. Após abandonar as quadras em 2000, Paula fundou o Instituto Passe de Mágica em 2004, oferecendo atividades, sobretudo esportivas, a crianças e adolescentes com vulnerabilidade social. Em 2005, passou a integrar o Hall da Fama do basquetebol feminino e, em 2013, entrou para o Hall da Fama da Federação Internacional de Basquete (FIBA). Atualmente é vice-presidente da Confederação Brasileira de Basquetebol – CBB e vem desempenhando importante papel na gestão do esporte no país.
As primeiras mulheres brasileiras campeãs olímpicas, foram as jogadoras do Vôlei de Praia, Sandra Pires e Jacqueline Silva, que conquistaram o ouro feminino para o Brasil, no ano de 1996, em Atlanta. Em Sidney 2000, mais um acontecimento que entrou para a história: Sandra foi a primeira mulher a carregar a bandeira do Brasil na cerimônia de abertura.
Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 as mulheres brasileiras conquistaram o melhor resultado da história, subiram ao pódio em Tóquio nove vezes, contra cinco vezes no Rio, em 2016. O maior número até agora havia sido em Pequim, nos jogos de 2008, quando levaram sete medalhas para casa. A judoca gaúcha, Mayra Aguiar, fez parte disso, com a conquista do bronze em Tóquio, tornou-se a primeira brasileira a conquistar três medalhas olímpicas em um esporte individual.
A baiana Ana Marcela Cunha começou a nadar aos dois anos de idade, na creche que frequentava. Sua primeira convocação para a Seleção Brasileira de piscina aconteceu aos 12 anos. É uma atleta multi-campeã mundial considerada a maior da história em Águas Abertas e conquistou a medalha de ouro na prova dos 10km dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.
Rebeca Andrade, com sua participação em Tóquio, tornou-se a primeira ginasta brasileira campeã olímpica com ouro no salto e vice nas barras, e a primeira brasileira com duas medalhas na mesma edição dos Jogos.
É com esse espírito esportivo, de conquista, de garra e de superação, que o CBC dedica esse dia a todas as mulheres do nosso país, cumprimentando-as com um caloroso “Feliz Dia Internacional das Mulheres”!